Conversamos com algumas organizações da rede Atados para saber sobre o planejamento para este ano e seus desafios  no cenário de pandemia 

O ano de 2020 foi totalmente atípico e seu legado trouxe muitas incertezas para 2021, mas com um pouco mais de esperança de melhoras. O trabalho das ONGs foi diretamente impactado e muitas tiveram que se adaptar ao formato online, diminuir ou até barrar vagas presenciais e nas questões governamentais perderam muita articulação e financiamentos. Mesmo com todo esse cenário, o trabalho do terceiro setor foi fundamental para o público atendido pelas ONGS. Falamos sobre esse protagonismo em um artigo para a Folha de S. Paulo no final do ano passado “O protagonismo da sociedade civil em meio a pandemia do coronavírus”.

Muito se falou em voluntariado e doações, mas ainda assim os números são baixos. Segundo pesquisa de 2018 do IBGE, apenas 4,3% da população brasileira realiza algum tipo de trabalho voluntário. Conversamos com algumas ONGs da nossa rede para saber sobre as metas, dificuldades e expectativas para 2021. 

A ONG Anjos da Tia Stellinha, do Rio de Janeiro, tem como planejamento o atendimento de 25 mães e 75 crianças em seu programa Institucional e além disso  metas para o Projeto Mãe e Muito Mais, Projeto Cegonha e no Projeto Potência Feminina. A Organização trabalha com famílias de mães com crianças e adolescentes em situação de pobreza extrema do Morro dos Macacos em Vila Isabel. Apesar de bastante otimismo, Stella, responsável pela ONG, disse que as principais dificuldades são em conseguir que os voluntários voltem às atividades, mas tem trabalhado com editais.

A captação de recursos é um grande desafio para 2021, como é o caso da ONG Abraço Campeão, mas que segundo Allan, a meta é retomar as atividades dentro desse “novo normal” e entender as atividades das famílias após a vacinação. A ONG tem um trabalho com crianças e  jovens através de artes marciais e sua maior atuação é no presencial, assim como a  ONG Educar + que ainda não tem planos para abrir essas vagas, mas segundo a Carol, que é presidente da ONG, eles abrirão vagas remotas. “No início da pandemia conseguimos fechar uma equipe de comunicação totalmente voluntária que foi primordial para o crescimento do Educar+”, explica a Carol.

Para a ONG baiana Canteiros Coletivos, também não há previsão de vagas presenciais e segundo a responsável Débora, os objetivos para esse primeiro semestre são a coleta de assinaturas para o projeto de lei para iniciativa popular e a captação de recursos para novos projetos. A organização trabalha com criação e transformação de áreas verdes de convívio.

“Esperamos criar boas conexões esse ano e retomar as ações em alguns espaços. Fortalecer nossa rede, tanto no Brasil como no exterior e vir com tudo, com projetos novos. Intensificando nossas ações e aproveitando esse fogo que as pessoas vão estar para poder criar coletivamente”

explica Débora que é gestora da ONG Canteiros Coletivos.

As expectativas são grandes e os projetos continuam a todo vapor, mas com certeza o que todos esperam para 2021 é a imunização coletiva, e como disse o Allan é que todos voltem a poder abraçar sem medo.


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Mariana Paulino
Jornalista e integrante da equipe de Comunicação do Atados =]