IAVB alerta: Foi a menor taxa dos últimos cinco anos

 

Texto escrito por Valéria Baraccat Gyy, fundadora do Arte de Viver Bem

Em 2017, era esperado que 11,5 milhões exames fossem feitos, mas apenas 2,7 milhões foram realizados. Isso representa uma cobertura de 24,1%, bem abaixo do recomendado. “O diagnóstico precoce é muito importante no câncer de mama. Descobrir a doença antes que ela se espalhe e se transforme numa metástase pode fazer a diferença entre a vida e a morte. São mais de 59 mil novos casos todos os anos e 50% deles são diagnosticados só quando chegam em estágios avançados, é inaceitável” informa Valéria Baraccat Gyy, fundadora do Instituto Arte de Viver Bem.

Segundo os dados da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia) e da Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia, as principais causas disso são a falta de acesso ao exame e a escassez de mamógrafos. Existem regiões do Brasil, como o Amapá, que contam com um número muito pequeno de aparelhos funcionando. No estado, apenas 260 exames foram realizados em 2017, o que é bem abaixo dos 24 mil esperados.

O investimento do governo também deixa a desejar. Em 2017, era previsto que R$ 510,7 milhões fossem investidos, mas apenas R$ 122,8 milhões de fato foram aplicados.

O câncer de mama é o que mais mata mulheres no mundo. São 14.206 óbitos causados por uma doença que, se diagnosticada cedo, tem altas chances de cura (dados do INCA). Justamente por isso, a OMS recomenda que pelo menos 70% das mulheres façam mamografias a cada ano. Mas não é isso que está acontecendo no Brasil.

 

Vamos juntas fazer o exame e mudar esse quadro no Brasil?

 

Sobre o IAVB

O Instituto Arte de Viver Bem (IAVB) nasceu em 2009, fundado pela jornalista e psicóloga Valéria Baraccat Gyy, que, depois de ser diagnosticada com câncer de mama em 2004, percebeu, durante o tratamento, a ansiedade e a falta de informação pelas quais as mulheres de baixa renda passavam nos vários centros de tratamento da cidade. E, assim, resolveu virar o jogo. Em contato com os maiores hospitais do mundo, passou a estudar a doença a fundo.