Instituída em 1992, data lembra a luta contra a opressão de raça e gênero na região
O ano era 1992. Um grupo de representantes de diversos países da América Latina organizou o primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas em Santo Domingo, capital da República Dominicana. O evento é um marco na discussão acerca de problemas e soluções para a questão afro-feminina, pois amplia globalmente a visibilidade do fato de que, nesta região, as mulheres negras são o grupo de maior vulnerabilidade econômica e social.
No encontro, o grupo instituiu o 25 de Julho como o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A data atenta sobretudo para o reconhecimento de que, independentemente da localidade, as condições estruturais de preconceito de gênero e raça oprimem mulheres negras. Desse modo, simboliza a luta do feminismo negro no contexto da união latino-americana.
No Brasil, o 25 de Julho homenageia Tereza de Benguela, mulher negra e importante líder quilombola. Chamada de “Rainha Tereza” pela comunidade, ela resistiu à escravidão por duas décadas e foi responsável pela articulação de toda a estrutura política, econômica e administrativa do Quilombo do Quariterê, o maior de Mato Grosso.
Existem no Brasil diversas ONGs que atuam para dar visibilidade à mobilização pela emancipação da mulher negra. Elas têm projetos em diversas frentes, de aconselhamento psicológico a fundo de apoio ao afroempreendedorismo feminino, entre outros.
Para celebrar a data, fizemos uma live lá em nosso Instagram com Maria Illeana, antropóloga e ativista nascida em Cuba que é professora de espanhol no projeto Abraço Cultural em São Paulo.
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Christian Domingues
Voluntário de Comunicação
Revisão: Daniela Souza
Edição: Juliana Borre
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