Nas últimas semanas, diversos grupos, instituições e indivíduos, aderiram a campanha #ELENÃO, que refere a oposição em relação a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência do Brasil. O Atados procura debater política de forma plural, buscando promover diálogos ricos abordando pontos positivos e negativos da multiplicidade de tipos de “fazer política”. Porém, neste caso, para nós é muito claro: #EleNão para a Presidência do nosso país.

Vamos contar agora para você o porque do nosso posicionamento. Nós, como uma organização social que acredita no poder de transformação que o voluntariado têm em diversas causas sociais, somos a favor dos direitos humanos, igualdade social, de gênero, e etnia, acesso à direitos básicos de saúde, cultura, educação, entre outras motivações sociais. E o discurso do candidato Jair Bolsonaro se diz contra a tudo que acreditamos.

Por exemplo, em Abril de 2017, Jair Bolsonaro, no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, declarou que irá acabar com todas as reservas indígenas e comunidades quilombolas do país caso seja eleito. Ele também afirmou que irá terminar com o financiamento público para ONGs e disse que, se depender dele, “todo mundo terá uma arma de fogo em casa”. Essa declaração vai contra aos direitos humanos, respeito à diversidade cultural e a igualdade social. Coisas que acreditamos e defendemos piamente.

Em outra oportunidade, em Araçatuba – São Paulo, o candidato do PSL à presidência declarou que “Conosco não haverá essa politicagem de direitos humanos, essa bandidagem vai morrer porque não enviaremos recursos da União para eles. Em vez de paz, essas ONGs prestam um desserviço ao nosso Brasil”. Nós, como uma organização social e apoiadora de outras instituições sociais, não só temos certeza do impacto positivo e da importância das ONGs na nossa sociedade, como investimos nelas. Outra declaração que não condiz com o que acreditamos.

Agora em Porto Alegre, numa cerimônia do Comando Militar do Sul, Jair Bolsonaro disse que “Eu cortaria todos os recursos para ONGs de direitos humanos. Esse pessoal vive da violência e vive dentro do governo” Esta declaração segue a mesma ideia que a anterior e só reforça o nosso posicionamento contra o candidato.

Já quando Bolsonaro concorreu a liderar a CDH, Comissão de Direitos Humanos, declarou que, caso fosse eleito, promoveria uma audiência sobre pena de morte na primeira audiência da CDH. Ele também tinha prometido a se articular para revogar o Estatuto do Desarmamento, para facilitar a venda e o porte de armas de fogo por civis. Para nós, o oposto do que a Comissão dos Direitos Humanos, de qualquer país, trabalha e prega. Tanto que, como consequência disso, ele perdeu a nomeação ao cargo com o embasamento de mais de 100 ONGs que assinaram uma petição contra a candidatura do então Deputado.

Em 2014, ainda quando Deputado, Jair Bolsonaro disse em pleno plenário da Câmara que não estupraria a sua colega, Maria do Rosário (PT-SP), “porque ela não merece”. Essa foi uma das muitas declarações machistas e sexistas que fazem parte do seu discurso como “Poxa essa mulher está com aliança no dedo e daqui a pouco engravida. Seis meses de licença maternidade. Por isso que o cara paga menos para uma mulher” Nós, como idealizadores do projeto Feminicidade, que empodera o feminismo compartilhando histórias de mulheres pelas cidades brasileiras, consideramos o posicionamento do presidenciável  contrário de tudo que pregamos.

Agora, em 2015, em uma entrevista para um jornal goiano, Bolsonaro declarou que os refugiados que chegam ao Brasil “são a escória do mundo”. Ou seja, são indignos de apoio e asilo. Faz parte da história do Atados a criação do Abraço Cultural, escola de idiomas ministrada por refugiados. Acreditamos no potencial destas pessoas e mais, no que eles podem oferecer para a nossa sociedade educando e fazendo a diferença na vida de muitos brasileiros. Repudiamos essa fala do candidato.

Essas são só algumas declarações do então candidato à Presidência do Brasil, Jair Bolsonaro, do PSL, que embasam o nosso posicionamento e nos faz adeptos a campanha #ELENÃO, entre tantas outras que vão contra a valores como igualdade de gênero e etnia, respeito às minorias, preservação ambiental, respeito às diferenças culturais e religiosas e igualdade social.

O voto é o nosso maior exercício de cidadania e nós precisamos usá-lo com sabedoria. Busque pesquisar todas as pautas e declarações dos seus candidatos e faça uma análise se o que ele prega faz sentido com os seus valores e com o que você quer para o futuro do Brasil.

 

Vamos juntos?

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