A organização nonprofit Tech for Good publicou no mês de outubro de 2019 sua pesquisa bienal com uma análise sobre o uso de tecnologias em ONGs em todo o mundo.
A pesquisa apresenta os resultados divididos por continente, e não individualizados por país. Será que a situação é muito diferente entre as organizações sul-americanas e nossos vizinhos do norte? Quais os destaques no velho continente? Quais as diferenças para cenário do terceiro setor do continente africano? E na Ásia, a tecnologia também se destaca entre as ONGs?
O estudo está disponível gratuitamente neste link e mostra que algumas características mundiais similares no setor, por exemplo a adesão maior pela atuação nas causas de “crianças e jovens” e “educação”.
Em todo o mundo as ONGs surpreenderam ao responder que entendem bem sobre assuntos como AI (inteligência artificial) e IOT (internet das coisas). No entanto, blockchain ainda se mostra como uma área de pouco entendimento pelas ONGs.
Na América do Sul, algumas particularidades podem ser observadas, como o alto índice no uso de Instagram e WhatsApp como principais ferramentas de comunicação, utilizadas por 53% e 47% das ONGs respondentes, respectivamente. Alguma semelhança com seus hábitos diários no celular?
Nas palavras de Heather, head da pesquisa pelo Non-Profit for Good “A revolução móvel que está ocorrendo na América Latina e no Caribe capacitou as organizações sem fins lucrativos a inspirar uma nova geração de ativistas e doadores que transformarão o setor empresarial e as instituições governamentais nas próximas gerações.”
What’s now
Aqui vale um parênteses para uma situação super atual: o Atados está articulando ONGs e ativistas em ações para remediar o vazamento de óleo no Nordeste. Nesta situação observamos que o Whatsapp é, de longe, a principal ferramenta de contato e articulação.
Quem está atuando direto na ponta, retirando óleo nas praias, não tem muito tempo para pensar em articulação e divulgação. As mensagens são rápidas e suficientes para mobilizar as pessoas interessadas em ajudar, além do envolvimento natural dos moradores locais.
Como doar?
Voltando ao estudo, observamos que 56% das ONGs aceitam doações diretamente por seu site, o que parece pouco se comparado a este índice na América do Norte, que chega a 86%. Em ambos os casos, cartão de crédito é o principal meio de pagamento.
Por fim, os números de entendimento de tecnologias emergentes não se diferem muito entre os continentes mais e menos desenvolvidos. E mostram que ainda há muito espaço para desenvolver e atuar com criação e uso de ferramentas tecnológicas para gerar impacto social.
Se tiver interesse em receber mais conteúdo sobre este tema, mande um email para [email protected] e faça parte da rede Tech for Good.
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