Estudo inédito da Sherlock Communications aponta: 94% dos latino-americanos afirmam que marcas têm a obrigação de investir em iniciativas socioambientais

Não faz muito tempo, abordamos aqui como a difusão de uma cultura de cobrança das novas gerações por mudanças de comportamento das marcas quanto ao impacto que causam no mundo tem, junto a outras tendências, influenciado as empresas a repensarem, de forma acelerada, suas práticas de governança e responsabilidade social e ambiental nos últimos anos. Divulgado na semana passada, o Relatório de Responsabilidade Social Corporativa LATAM 2021, produzido pela agência de relações públicas Sherlock Communications, mostra como os consumidores e as consumidoras da América Latina se posicionam em relação ao tema e reitera como esse movimento ganha força na região. 

A partir de entrevistas com mais de 3 mil pessoas de seis países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e México), o levantamento aborda questões como o quanto o posicionamento de responsabilidade social das empresas afeta a opinião delas, como percebem a diversidade na comunicação corporativa e quais as causas que mais despertam engajamento, entre outras. Em termos gerais, 94% das pessoas da América Latina acreditam que as empresas deveriam investir mais em iniciativas sociais e ambientais. Por país, no Brasil e na Colômbia, o percentual é maior: chega a 96%. Na sequência, aparecem o México e o Peru (95%), o Chile (93%) e a Argentina (87%).

Das seis nacionalidades, os brasileiros são os que mais se importam com a responsabilidade social corporativa: 87% afirmaram que ações de impacto socioambiental — ou a falta delas — afetam a percepção que têm sobre uma marca, seguidos de mexicanos e colombianos. O Brasil também teve o maior percentual (86%) de pessoas que responderam ser “extremamente importante” ou “muito importante” que as marcas façam algo para impactar positivamente a sociedade. E menos de 1% dos entrevistados de toda a região acredita que esse tipo de posicionamento não é relevante.

Outro dado de destaque na pesquisa é sobre diversidade. Nos países analisados, 93% reconhecem a importância de representatividade de pessoas diversas na comunicação de uma empresa. Nesse aspecto, a Colômbia se destaca, com 95% das respostas classificando-o como “extremamente”, “muito” ou “importante”, seguida de México (94%), Peru (93%) e Brasil (90%). 

Causa social prioritária para consumidores

A ação de responsabilidade social corporativa mais importante na América Latina é a sustentabilidade, ou seja, fabricar e vender produtos de forma que não degrade o meio ambiente. “Isso é prioridade para 71% dos colombianos e mexicanos, 70% dos brasileiros, 68% dos chilenos, 65% dos peruanos e 63% dos argentinos entrevistados”, diz o estudo. No Brasil, a segunda ação mais importante para uma marca ter um impacto positivo na sociedade é o patrocínio de projetos comunitários (44%).

Os entrevistados também foram perguntados sobre quais questões as empresas deveriam focar seus esforços sociais no futuro, podendo escolher até cinco opções. A educação surgiu como pauta principal para os latino-americanos de forma geral (resposta de duas a cada três pessoas) e, também, no Brasil (mesmo indicador). A segunda pauta mais relevante no país é o combate à fome (65%), seguida do combate à poluição do ar e da água (61%).

Mobilização na prática

Há quase nove anos, o Atados atua mobilizando diferentes segmentos a se engajar em iniciativas sociais de impacto. Com nosso conhecimento do terceiro setor e nossa rede com mais de 3 mil organizações sociais, apoiamos mais de 100 empresas em suas iniciativas de responsabilidade social, por meio de programas de voluntariado empresarial, ações voluntárias, criação de plataformas de gestão de voluntários e apoio com fomento a causas via leis de incentivo

“O debate sobre o desenvolvimento sustentável tem gerado uma cobrança cada vez maior em relação ao papel social das empresas, fazendo com que a responsabilidade social passe a ser entendida como parte da estratégia de negócios no todo”, explica Daniel Morais, cofundador do Atados. “Queremos apoiá-las nessa estratégia, promovendo a conexão com outras frentes, gerando troca de conhecimento intersetorial e engajamento social”, completa.

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Aline Naomi
Jornalista e analista de conteúdo

Edição: Juliana Borre