Se você está aqui, lendo este texto, é porque já ouviu falar ou, no mínimo, está curioso sobre esse tal de ESG. E o que afinal quer dizer essa sopa de letrinhas? Com origem na língua inglesa, a sigla vem de Environmental, Social and Governance, o que, em português, significa ambiental, social e governança, e se refere ao conjunto de práticas de uma empresa nessas três frentes.  

Mas, antes de falar do ESG em si, vale voltar um pouco no tempo. Quase 50 anos atrás, em 1972, um movimento liderado pela Organização das Nações Unidas (ONU) realizou a I Conferência sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, na Suécia. O evento é considerado um marco na mobilização global contra a degradação e pela preservação ambiental, pois os temas ali discutidos deram origem, mais tarde, à noção de desenvolvimento sustentável.   

A partir dessa conferência, o engajamento da sociedade civil começou a, aos poucos, pautar mudanças que se tornaram sistêmicas e possibilitaram chegarmos ao nível internacional de discussão no qual estamos em 2021. O movimento vem incorporando outras questões, promovendo debates e mobilizando ações que envolvem diferentes segmentos sociais, como governos, empresas, pesquisadores e organizações da sociedade civil. 

É como parte da evolução desse contexto que o termo ESG surge, pela primeira vez, em 2004, no relatório Who Cares Wins (“Quem se importa ganha”), produzido pela ONU em parceria com instituições financeiras e que reúne orientações de melhores práticas e como integrar as três frentes. 

Além desse documento, outros dois pactos pelo desenvolvimento global sustentável capitaneados pela ONU impulsionaram a inserção do ESG na agenda das empresas, em especial na Europa e nos Estados Unidos: os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o Acordo de Paris, firmados em 2015.

Mas o que fez o ESG ascender em 2020?

Dois fatores principais. O primeiro deles: a incorporação, por importantes investidores, das práticas de ESG como critérios – tais como os riscos financeiros e fiscais – para a tomada de decisão de onde aportar recursos, a exemplo da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo. O segundo é a pandemia de covid-19, que potencializou o debate sobre a sustentabilidade do modelo econômico atual e a sociedade em que vivemos. 

Como consequência, as empresas têm sido cada vez mais intensamente questionadas em relação à sua função social e cobradas quando o assunto é fazer parte de soluções para desafios globais, como a pobreza e o uso de recursos naturais. 

No Brasil, a crise sanitária aprofundou as desigualdades já existentes e tornou ainda mais urgentes as ações de todos os segmentos pela sobrevivência e pelo bem-estar da nossa população. Nesse contexto, a sigla ESG, que já se disseminava pelos Estados Unidos e pela Europa, começou a ganhar espaço mais aceleradamente no setor privado brasileiro.

Uma das inovações do ESG em relação a outros modelos de gestão da governança e da responsabilidade social e ambiental das empresas é a ideia de que essas práticas devem não mais ser tratadas de forma paralela e isolada por uma área específica, mas como parte elementar de toda a estratégia de negócios. Ou seja: a tomada de decisão sobre elas passa a envolver mais diretamente a diretoria executiva. 

Outro ponto que merece destaque é a transversalidade entre essas iniciativas e os diferentes públicos com os quais a empresa se relaciona. O que significa que a política adotada em cada uma das frentes do ESG deve ter práticas que envolvam todos os seus stakeholders: funcionários, fornecedores, comunidade, sociedade civil, parceiros, clientes. 

Resumo da história

Em relatório de 2021, a consultoria BCG destaca três pontos que fazem do ESG uma tendência que veio para ficar:

  • O uso de indicadores de governança e impacto ambiental e social como critérios de análise de risco. Isso significa que empresas com programas consistentes nessas três frentes têm mais chances de captar recursos junto a investidores.
  • A difusão de uma cultura de cobrança das novas gerações por mudanças de comportamento das marcas quanto ao impacto que causam no mundo, o que envolve diretamente a gestão de imagem e a de risco das empresas. 
  • O fortalecimento de uma agenda regulatória, com pautas recentemente focadas nas questões relacionadas a direitos humanos e impactos ambientais resultantes das atividades das empresas e de sua cadeia produtiva.

Como o Atados pode ajudar as empresas com ESG?

No alfabeto do ESG, o “S” encontra grandes desafios no Brasil, o nono país mais desigual do mundo, segundo dados do Banco Mundial analisados pelo IBGE. E, historicamente, as companhias colocam a responsabilidade social corporativa em segundo plano, como projetos de uma área ou ações pontuais. O que o ESG demanda das empresas é que participem de forma realmente ativa na solução dos desequilíbrios sociais e ambientais, envolvendo todos os seus públicos.  

Com metodologia e tecnologias próprias e mais de oito anos de experiência em programas corporativos de responsabilidade social e voluntariado, o Atados acredita no potencial da cocriação com a sociedade civil organizada e do voluntariado para abordagens transversais de iniciativas de impacto social das empresas. Oferecemos a elas expertise em engajar seus colaboradores e outros públicos de interesse junto à nossa rede de mais de 3 mil ONGs parceiras, que atuam por diversas causas, em ações que promovem troca, bem-estar e mobilização coletiva

Somos formados por equipes multidisciplinares, capazes de desenvolver e executar programas e tecnologias customizados e em rede com outras empresas e organizações, e fazemos parte de três comunidades internacionais de voluntariado corporativo: Global Pro Bono Network, Hands On Network e Points of Light. Nossa missão é juntar #GenteBoa pela redução das desigualdades, a promoção de oportunidades iguais para todos, a preservação do meio ambiente, a garantia dos direitos humanos e a transformação social coletiva. 

Venha conhecer mais sobre os nossos projetos corporativos de responsabilidade social e voluntariado em nossa página para empresas.


Conecte-se ao Atados!

Atados | Facebook | Instagram

Aline Naomi
Jornalista e analista de conteúdo

Edição: Juliana Borre