Lutar por uma sociedade mais inclusiva é papel de todos nós, por isso listamos três dicas práticas para apoiar a causa das pessoas com deficiência

Setembro se tornou simbólico para a causa das pessoas com deficiência. No mês, celebramos o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência (21), o Dia Universal da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) (10) e o Dia Nacional do Surdo (26). Esses marcos são uma grande oportunidade para refletir sobre os caminhos para uma inclusão social plena e pensar como podemos fazer nossa parte. 

Além da falta de acessibilidade, os problemas das pessoas com deficiência (ou PcD) estão presentes em diversos setores da vida social, como na dificuldade de se inserir no mercado de trabalho ou na sub-representação nos espaços cotidianos. Assim, é preciso estimular práticas que tornem a sociedade mais inclusiva. Por isso, listamos três dicas práticas para você colocar em prática no dia a dia e apoiar essa causa!

1. Reflita sobre a inclusão das pessoas com deficiência

Segundo o IBGE, existem 17,3 milhões de pessoas com deficiência no Brasil. Apesar do total expressivo, essa população é sub-representada nos espaços de exercício da cidadania. Ainda de acordo com instituto, apenas 28,3% dessas pessoas estão inseridas no mercado de trabalho. Ou seja, grande parte da população com deficiência não tem um emprego formal, mesmo com a existência (há três décadas) da Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência e da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.

No campo da educação, 67,6% da população com deficiência não tinham instrução ou possuíam apenas o fundamental incompleto. Esse percentual era de 30,9% para pessoas sem deficiências. Ainda assim, houve avanços com a formalização, em 2008, da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, que assegura a inclusão escolar de alunos com deficiência. Na época, o percentual de PcD regularmente matriculados no ensino básico era de 54%. No último Censo Escolar (de 2020), esse número chegou a 93,3%.

Por isso, é importante observar os espaços em que você está e se perguntar onde estão as pessoas com deficiência, além de questionar se as ações de inclusão, principalmente as garantidas por lei, estão sendo colocadas em prática.

2. Mantenha uma postura vigilante e observe se não está sendo capacitista

Você já ouviu falar do termo capacitismo? A palavra é utilizada para descrever um tipo de preconceito — isto é, um julgamento antecipado e irrefletido — direcionado a uma pessoa com deficiência. Isso pode acontecer tanto por meio de ações, como isolar a pessoa com deficiência ou julgar que ela não é capaz de realizar algo, como por meio da linguagem. Alguns exemplos de expressões capacitistas são “retardado” ou “fingir demência”. Mantenha-se vigilante para não reproduzir esses preconceitos.

3. Doe ou voluntarie-se em ONGs que atuam pela causa

As ONGs engajadas na causa da pessoa com deficiência podem atuar em diversas frentes. Existem projetos de desenvolvimento sociocultural e esportivo, de capacitação profissional, de acolhimento habitacional e psicológico, entre outros. 

No Atados, são mais de 300 organizações sem fins lucrativos dedicadas à integração social plena de pessoas com deficiência. Lá, você pode acessar os canais oficiais dessas instituições para fazer uma doação ou se candidatar a vagas de voluntariado que estiverem disponíveis. São vagas para profissionais com experiência nas mais diversas áreas (social media, design, psicologia, direito, fonoaudiologia, arquitetura, comunicação, entre outras).

Visite o site e junte forças nessa rede de #genteboa! 🙂

Imagem em destaque: Josh Appel via Unsplash


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Christian Domingues
Voluntário de Comunicação

Revisão: Daniela Souza

Edição: Aline Naomi